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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

As Pombas

 
 
 
As Pombas


Raimundo correia
 


Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas, vão-se dos pombais, apenas
Raia, sanguínea e fresca, a madrugada...

E, à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais, de novo, elas serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações, onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais:

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles ao coração não voltam mais.

(Maranhão - 1860-1911)
 
 
 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

DIREITO: Ação de Extinção de Condomínio

DIREITO: Ação de Extinção de Condomínio: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE             ANA BRASIL, brasi...

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Rosa Adry


Rosa Adry

(evangelista da silva)


Tu és para mim uma prece!...
Oro curvado aos teus pés
E rogo-te em nome do Amor
Que embala o nosso viver,
A eterna fidelidade de Amar!...



E nesta amplitude de querer e possuir,
Triste e desesperado,
Ajoelho-me apaixonado,
Clamando o teu corpo - alucinado prazer...
Envolvido no calor da tua boca e desejo.



E neste bailar das nossas vidas,
Aninhado ao teu lindo e alucinante corpo,
Oh doce Nina!... Aninha!... Nininha do céu...
Rosa Adry dos dias meus...
Vem, bela e formosa Menina/Mulher!...



A ti, suplico exaustivamente
O silêncio de minha dor,
E o desespero da minha paixão...
E nesta Tempestade de Amor e Tudo, e Nada,
Desmaio e morro sobre o teu corpo e encanto, minha Doce Amada...



E enquanto tu celebras a tua alegria
Em saudosa sinfonia de Aniversário de Natalício,
Eu, morto e esquecido, vou rasgando um papel
Mofado e amarelado: "um contrato de casamento",
Para construir uma união estável onde possamos Viver e Amar.



Serena, brava, ousada e cheirosa é a minha Menina...
Beijo-te e degluto a saliva para me alimentar...
Desta forma, Minha Nininha, vivemos a transição
De um mundo tortuoso e cheio de indiferença,
Para mergulharmos no oceano de vida, Amor e Amar...

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Filosofia da Miséria

SINOPSE



O texto de Marx é um panfleto anti-proudhoniano antes de mais nada, onde a ênfase é ridicularizar e abater o adversário, muito embora ainda hoje não possamos ler serenamente muitas das citações de Proudhon que Marx faz no texto, de tanto elas estarem distorcidas, muito embora hoje em dia Proudhon seja um desconhecido para o grande público, de modo que as invectivas de Marx contra ele muitas vezes passam por pura verdade em matéria de conhecimento do proudhonismo, não podemos deixar de ver no texto de Marx, embora subordinada à verve polêmica, uma outra intenção- trata-se aqui, como muitos marxólogos já o apontaram, de uma primeira formulação explícita que Marx faz dos postulados do seu materialismo histórico. Este é um ponto de importância na releitura de ambos textos nos dias de hoje. Pelo lado de Proudhon, é inegável que tanto nas Contradições quanto em escritos anteriores e posteriores há a afirmação explícita da importância dos fatores econômicos para o entendimento da história das sociedades. Esta importância e esta relação entretanto, tanto para Proudhon quanto para todos os pensadores anarquistas, nunca chega ao nível da determinação dos fatores históricos e sociais pela estrutura econômica das sociedades e da determinação do ritmo da história exclusivamente pelo desenvolvimento das forças produtivas. Proudhon e muitos outros anarquistas sempre consideraram a história humana como um fato muito complexo e – em última instância – aberto, sobre cujo curso uma variedade de fatores podem influenciar; os fatores econômicos inegavelmente tem seu peso e condicionam uma parcela do desenvolvimento histórico, mas não podem ser tomados como seus motores únicos e exclusivos. Assim como negam a exclusividade ao fator econômico, eles negam-na também a exclusividade de qualquer outro fator (demográfico, psicológico, político, etc.). Para o Marx que ora analisamos entretanto, e reconheçamos que a sua postura sobre este ponto evoluirá, o determinismo econômico da história é absoluto e este ponto informa quase todas as divergências de fundo que ele alimenta contra as posições proudhonianas expostas n’As Contradições. Não nos esqueçamos que, embora Marx tenha posteriormente matizado as suas posições sobre o materialismo histórico, as suas formulações mais duras tais como as expostas na Miséria da Filosofia e no Manifesto do Partido Comunista terão uma influência muito grande sobre Lenin e portanto sobre toda a formulação do bolchevismo e das correntes marxistas de maior peso político durante todo o século XX. Assim esta primeira confrontação entre marxismo e anarquismo, à luz das experiências históricas do último século, talvez tenha algo ainda a nos ensinar.