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sexta-feira, 6 de maio de 2016

DIAGNÓSTICO DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA


O diagnóstico de insuficiência renal crónica é feito pela demonstração da elevação dos níveis de creatinina e ureia no sangue e pela evidência da existência de rins pequenos e com perda de diferenciação cortico-medular na ecografia renal. Há duas excepções para esta característica: a Nefropatia Diabética e a Amiloidose: ambas apresentam, geralmente, rins de tamanho normal. Ainda a propósito de sinais ecográficos de doença renal crónica, a presença de rins assimétricos aponta para uma das seguintes causas: agenesia renal, pielonefrite crónica e nefropatia isquémica por estenose da artéria renal unilateral. Outros sinais ajudarão a destrinçar estas situações.  
Acessoriamente, o sedimento urinário pode mostrar cilindros hialino-granulosos largos. A presença de anemia pode ajudar a distingui-la de uma insuficiência renal aguda, embora algumas causas desta possam cursar com anemia. A presença de hiperparatiroidismo é outra marca de cronicidade de uma insuficiência renal.  
A creatinina plasmática (creatinemia) é a análise que mais frequentemente usamos para a avaliação da função renal. No entanto, é passível de erro, sendo dependente da massa muscular do doente, aumentando desproporcionadamente à queda da função renal na rabdomiólise e está falsamente baixa nas situações de icterícia, por interferência com a técnica.  
Por este motivo, é preferível utilizar a Depuração (Clearance) da Creatinina, que permite comparar a creatinina urinária com a plasmática e concluir qual é o volume de plasma que, na unidade de tempo, é depurado de toda a sua creatinina. A sua avaliação pelo método clássico carece de uma colheita de urina de 24 horas, sendo, por isso, sujeito a erros, pelo que actualmente são mais utilizadas fórmulas validadas, sendo as mais importantes as de Cockcroft-Gault, cuja utilização se faz com uma simples máquina de calcular e a MDRD, mais complexa.  Dr. Serafim Guimarães - Nefrologista  

Quando for diagnosticada uma das doenças acima mencionadas entre outras (Glomerulonefrite, pielonefrite, rins poliquísticos), que sabemos poderem progredir para insuficiência renal crónica, deve-se consultar quanto antes um especialista para se obterem dois grandes objectivos:

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