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sexta-feira, 6 de maio de 2016

INSUFICIÊNCIA RENAL


INSUFICIÊNCIA RENAL
Shutterstock

É a perda das funções dos rins, podendo ser aguda ou crónica. As causas desta doença são várias, os rins tornam-se incapazes de proceder à eliminação de certos resíduos produzidos pelo organismo. A insuficiência renal crónica torna-se avançada, quando a percentagem de rim funcional é inferior aos 20%; muitas vezes, só nesta fase surgem os primeiros sintomas.

 
As alterações do equilíbrio dos electrólitos ou ácido-base, assim como a acumulação de produtos residuais, são indicadores de insuficiência renal.


INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA)

  • Perda rápida de função renal que pode ser recuperada no espaço de poucas semanas. As causas devem-se desidratação, intoxicações, traumatismos, medicamentos e algumas doenças. Dependendo da gravidade e porque a vida não é possível sem os rins a funcionar, pode ser necessário fazer diálise.

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA (IRC)

  • Perda lenta progressiva, irreversível das funções renais (é nesta fase que se aconselha os doentes a iniciarem um caminho pessoal de preparação para a diálise)

 
A doença renal crónica é uma patologia progressiva, com elevada taxa de mortalidade, que ameaça tornar-se num grave problema de saúde pública com implicações sérias no Serviço Nacional de Saúde.

CLEARANCE DE CREATININA  

Uma forma mais directa de avaliação da função renal é através da determinação da clearance: a clearance (K) é o volume de sangue a partir do qual uma substância é completamente eliminada pelos rins em cada unidade de tempo (normalmente ml/min.). Matematicamente, essa capacidade pode ser expressa por:
K = Taxa de depuração concentração no sangue
A clearance da creatinina numa pessoa normal saudável é 100-140 ml/min. Isto significa que cerca de 10% do sangue que passa pelos rins (aproximadamente 1200 ml/min) são completamente livres de creatinina. Isto diminui com a idade, sofrendo uma redução de 50% aos 70 anos.

TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TFG)

O método mais comum para estudar a função renal é calcular a taxa de filtração glomerular (TFG). Na prática clínica, a urina produzida durante um período de 24 horas é recolhida e o volume total e a concentração da creatinina são analisados. Durante este período de colheita da amostra, também é colhida uma amostra de sangue e analisada a concentração no plasma.


QUE DOENÇAS PODEM PROVOCAR UMA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA?


 
Uma doença importante que leva à insuficiência renal crónica é a glomerulonefrite: inflamação dos glomérulos. O termo refere-se a uma diversidade de doenças inflamatórias que afectam os glomérulos. Outra causa importante é a diabetes mellitus de longa data (15-20 anos), que dá origem a lesões estruturais nos rins. Para além destas causas, há muitas outras, incluindo: infecções das vias urinárias ascendentes, que em certos casos podem disseminar-se à pélvis do rim e causar pielonefrite. A hipertensão durante um período de tempo prolongado pode causar endurecimento dos pequenos vasos sanguíneos dos rins, ou seja, nefrosclerose. Algumas doenças congénitas provocam a destruição dos rins, como é o caso da doença renal poliquística.

FACTORES DE RISCO

Várias doenças podem concorrer para a anulação funcional permanente dos rins. Actualmente, a mais frequente é a Nefropatia diabética. A hipertensão arterial, a nefropatia isquémica, a pielonefrite aguda, as glomerulonefrites e a doença renal poliquística autossómica dominante são outras doenças que estão na origem da Insuficiência renal crónica (IRC).   Dr. Serafim Guimarães - Nefrologista  


SINTOMAS DA DOENÇA RENAL

Os sinais de doença renal aparecem gradualmente, pode nem notar o início destes sinais e sintomas. (Quando a função renal e inferior a 50% podem surgir os seguintes…)

  • Menor produção de urina; necessidade frequente de urinar, mesmo de noite.
  • Inchaço das mãos, pernas, em torno dos olhos.
  • Falta de ar.
  • Dificuldades em dormir.
  • Perda de apetite, náuseas e vómitos.
  • Hipertensão.
  • Sensação de frio e fadiga.

 

 
Entre as doenças que afectam os rins, a diabetes e a hipertensão são as mais frequentes. Seguem-se depois a glomerulonefrite (inflamação nas unidades funcionais dos rins, os néfrons, onde ocorrem os processos de absorção, reabsorção e excreção de solutos, durante a produção da urina), as doenças renais intersticiais, as hereditárias e as de causas desconhecidas, que representam 20% dos casos.

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