Translate

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Pilates - benefícios para corpo e mente


A fisioterapeuta Ellen Souza Teixeira: “ outra proposta do Pilates é oferecer aos seus praticantes uma nova maneira de se relacionarem com o mundo”
Se fosse possível definir o pilates em poucas palavras, certamente o termo “saúde total” seria o mais adequado. Afinal, é um método de exercícios físicos que busca a consciência corporal, ou seja, nenhum músculo é considerado mais importante do que o outro. Você conhecerá nessa matéria todos os benefícios, as principais indicações e as precauções a serem tomadas.
Para a fisioterapeuta Ellen Souza Teixeira, Coordenadora de Pilates do Centro de Atividades Integrarte, “ todo mundo já sabe o quanto é importante para a saúde a prática de exercícios físicos, porém não são todas as pessoas que apreciam a prática de caminhada, corrida e as atividades realizadas em academia. Atualmente, uma das alternativas para essas pessoas é o Pilates.”
Ela explica que esse método de condicionamento físico e mental foi criado pelo alemão Joseph Pilates (1880-1967) e, “mesmo com exercícios aparentemente suaves, os movimentos realizados no Pilates proporcionam o alongamento e a fortificação do corpo de forma integrada e individualizada, além de melhorar da respiração, diminuir o stress, desenvolver consciência e equilíbrio corporal, melhorar a coordenação motora e a mobilidade articular e proporcionar relaxamento.” Outra proposta do Pilates, salienta Ellen Souza, é oferecer uma nova maneira de seus praticantes se relacionarem com o mundo.
Para o desenvolvimento dos exercícios, Joseph Pilates teve como base seis princípios básicos, que são:
Centralização: segundo esse conceito, a força do corpo não está nos membros (braços e pernas), mas sim na região que Pilates chama de powerhouse que se localiza nos músculos do abdômen, do quadril e da região pélvica. Essa região forma a estrutura muscular esquelética, capaz de dar sustentação para todo o corpo e irradiar energia para braços e pernas realizarem exercícios, tornando os movimentos do corpo mais harmônicos;
Controle: tem a ver com a coordenação motora. No método, os movimentos têm de ser lentos, ou seja, mantém um padrão de força e velocidade para que possam ser observados não só os músculos que estão em ação, como também aqueles que realizam uma força contrária ao que se pretende. É essencial para evitar lesões e estresse muscular.
Respiração: é por meio dela que acontece a oxigenação do sangue, proporcionando aos músculos a energia exigida. “A respiração completa renova a circulação do ar, oxigenação sangue e ainda ajuda no controle dos movimentos durante os exercícios, assim como no dia a dia”, complementa o educador físico Thiago Martinez. Pilates também deu atenção especial a esse fator, já que a maioria das pessoas respira de forma errada, principalmente durante os exercícios.
Concentração: durante a execução dos exercícios, deve-se manter atenção exclusiva na prática, em cada músculo, e esquecer outras preocupações. É necessário sentir a parte do corpo que está sendo trabalhada, pois assim é possível saber se o exercício terá o retorno desejável.
Precisão: nenhum exercício deve ser realizado sem um propósito. Poucos movimentos precisos são mais proveitosos do que muitos realizados aleatoriamente e sem a devida vontade. Além do que, o equilíbrio precisa ser perfeito para que o alinhamento da coluna seja o melhor possível.
Fluidez: cada movimento deve partir do centro da força e ser realizado em um ato contínuo, sem interrupções, mas de forma suave, controlada, jamais de modo rápido. Os impactos devem ser absorvidos, pois assim, evita-se o desperdício de energia quando algum choque do corpo com o solo.
A fisioterapeuta destaca que “ antes de praticar qualquer exercício físico, é necessária uma avaliação médica e física. No caso do pilates, o acompanhamento de um instrutor é essencial, para que os movimentos sejam realizados corretamente, sem provocar lesões. Esses instrutores também precisam dedicar muita atenção, além de conhecer os limites e as necessidades dos pacientes, por isso, o número de praticantes por profissional não deve ultrapassar três por aula.”
Ressalta ainda: “as aulas devem ser de duas a três vezes por semana. Na hora de escolher o Pilates, informe-se se o profissional é das áreas de fisioterapia ou educação física. Essa escolha deve ser feita de acordo com o objetivo do aluno. O fisioterapeuta tem o conhecimento necessário para tratar o paciente, enquanto o profissional de educação física prepara o condicionamento físico.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário